10 agosto 2015

Família Acolhedora surge como alternativa aos abrigos para menores

Às vezes, tudo que uma criança precisa para atravessar uma turbulência na vida familiar é ser acolhida provisoriamente por outra família. Esta é a proposta do Serviço Família Acolhedora. Em Conselheiro Lafaiete o projeto está em fase de implementação.
De acordo com o psicólogo Jeferson de Souza, coordenador da iniciativa, os conflitos mais comuns em que crianças precisam ser retiradas momentaneamente do convívio familiar estão relacionados ao tráfico de drogas, prisão de pai, mãe ou responsável ou episódio de abuso ou violência no ambiente doméstico: “Normalmente, a criança é retirada e encaminhada a um dos abrigos da cidade até que se resolva a parte jurídica.
A Família Acolhedora vem para minimizar o impacto que essas crianças sofreriam; conseguimos uma família que receba esta criança até que se resolvam os problemas da família de origem”, explicou o coordenador.
Segundo Jeferson de Souza, as normas do acolhimento são as mesmas que vigorariam se a criança estivesse em um abrigo. O tempo máximo de permanência está limitado a dois anos e o encaminhamento é feito pela Justiça. A diferença é que a acolhida ocorre em esquema de revezamento entre as famílias cadastradas e o menor vive períodos de seis meses com cada uma delas. A intenção é evitar que se estabeleça um apego excessivo entre acolhidos e acolhedores, o que prejudicaria a reinserção da criança na família de origem.
Mesmo fazendo questão de frisar que não se trata de adoção, o coordenador do Serviço de Famílias Acolhedoras explicou que o cadastramento segue os mesmos critérios para admissão de pais adotivos. A diferença etária deve ser de, no mínimo, 16 anos entre acolhedores e adolescentes; a acolhida pode ser feita por um casal, um homem ou uma mulher individualmente ou em qualquer tipo de relacionamento afetivo. Algumas condições primordiais são não ter envolvimento com drogas ou substâncias entorpecentes ilícitas, ter moradia estável e apresentar certidão negativa criminal cível, entre outras. Antes que o menor seja encaminhado é feito um estudo psicossocial da família candidata levando em conta o perfil da criança escolhida.
As crianças beneficiadas pelo projeto têm idades que variam de zero a 17 anos. O Serviço Família Acolhedora se destina exclusivamente às crianças de Conselheiro Lafaiete. Quem quiser se cadastrar no projeto deve se dirigir à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, localizada à rua Carijós 123 no período das 7 às 15h.

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3769 2631.

Fonte: Fato Real