Ao dar início à comemoração dos 12 anos do Programa Bolsa Família,
a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello,
anunciou o lançamento do aplicativo do Bolsa Família para celulares
nesta segunda-feira (19), durante a participação no programa “Bom Dia,
Ministro”, na TV NBR.
“Qualquer beneficiário terá a oportunidade de saber, sem sair de casa, quando vai receber; dez dias antes do início do pagamento, poderá saber quanto será transferido, o local de saque mais próximo e se está com a frequência escolar correta ou se a criança precisa vacinar”, explicou.
“Qualquer beneficiário terá a oportunidade de saber, sem sair de casa, quando vai receber; dez dias antes do início do pagamento, poderá saber quanto será transferido, o local de saque mais próximo e se está com a frequência escolar correta ou se a criança precisa vacinar”, explicou.
O aplicativo já pode ser baixado gratuitamente nas lojas do Google, da Apple ou do Windows. “É mais um canal prático e seguro de comunicação com as famílias do Bolsa Família”, completou a ministra. A ferramenta foi elaborada pela Caixa Econômica Federal e conta com funções disponíveis para beneficiários (com o preenchimento do Número de Inscrição Social – NIS) e não-beneficiários do programa.
Durante a entrevista, Tereza Campello também garantiu a continuidade
do programa que atende cerca de 14 milhões de famílias e 50 milhões de
pessoas. “O Bolsa Família está garantido para 2015 e já está previsto no
orçamento de 2016. É um compromisso garantido pela presidenta Dilma. O
programa não vai sofrer nenhum tipo de interrupção, está preservado sem
nenhum tipo de corte”, afirmou.
A ministra ressaltou a importância do programa de transferência de
renda que investe 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) e faz a economia
local girar. “Não é o Bolsa Família que está desequilibrando as contas.
Ele faz a economia continuar a funcionar. O programa não é só bom para
quem recebe, mas é bom para toda a economia, além de garantir as
crianças nas escolas, o acesso à saúde e garantir o futuro delas”,
destacou.
Campello ainda reforçou o papel do programa ao quebrar o ciclo da
pobreza. “São 12 anos de sucesso. Não somente porque crianças estão na
escola, mas porque comprovadamente o programa apoiou a redução da
mortalidade infantil, porque permite o acesso ao Pronatec para as
famílias. O Bolsa Família é uma grande porta de entrada para a população
de baixa renda nos serviços públicos”, avaliou.
Fiscalização – A ministra Tereza Campello também destacou que as informações do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e dos beneficiários do Bolsa Família são cruzadas com frequência com outros bancos de dados para evitar o recebimento indevido.
“Toda família tem de atualizar o cadastro a cada dois anos; quem não
atualiza no prazo estipulado pode acabar sendo desligado. Tem muitas
famílias que melhoram de vida, mas querem continuar no Cadastro Único
para garantir benefícios e acesso a outros programas”, disse. Ela
lembrou que, devido ao cruzamento de dados e à atualização cadastral,
600 mil pessoas saíram do Bolsa Família em 2014 porque não precisavam
mais do benefício.
A ministra atribuiu críticas ao Bolsa Família ao preconceito de parte
da população contra quem faz parte do programa. “O melhor remédio
contra o preconceito é a informação”, disse Campello ao esclarecer que o
benefício é apenas um complemento de renda, que 75% dos adultos do
Bolsa Família trabalham e que a taxa de natalidade entre os pobres do
Nordeste caiu 26%, enquanto no restante do país a redução foi de 10%.
Tereza Campello lembrou que o programa de transferência de renda é reconhecido internacionalmente e é apontado como um dos responsáveis pela saída do país do Mapa da Fome, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), com uma redução de 82% do número de subalimentados no Brasil. Em 2003, no início do Bolsa Família, 10% da população estava em situação de insegurança alimentar.
Fonte: MDS