02 junho 2017

Governo federal quer zerar número de crianças até 6 anos em abrigos

O governo federal quer zerar até 2018 o número de crianças entre 0 e 6 anos em abrigos. A meta é atender mais de nove mil crianças, que hoje vivem nessas unidades, no Família Acolhedora – serviço que proporciona o atendimento em ambiente familiar. De acordo com o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, é fundamental que a sociedade civil e os governos federal, estaduais e municipais atuem juntos para atingir esse objetivo.
“Precisamos muito também do Poder Judiciário, que tem um papel importantíssimo. Enquanto não há adoção, é fundamental que uma família esteja com essa criança e dê suporte emocional para ela desenvolver todas as suas potencialidades”, afirmou nesta quarta-feira (31).
Objetivo é atender mais de nove mil crianças no serviço de Família Acolhedora

 Ao participar da abertura da Oficina sobre Acolhimento Familiar e Guarda Subsidiada, Terra destacou que a estratégia complementa as ações do Criança Feliz – programa que  promoverá o desenvolvimento infantil integral. “Essa estratégia se complementa com o nosso programa de primeira infância. As crianças acolhidas têm uma chance muito melhor de desenvolvimento emocional, cognitivo do que as crianças institucionalizadas”.

 Promovida pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), a oficina reúne gestores estaduais e municipais da assistência social, representantes do governo federal e do Poder Judiciário até esta quinta-feira (1º) em Brasília.

 Campanha – Durante o evento, o MSDA lançou a Campanha Família Acolhedora, doada pela prefeitura de Campinas (SP). A campanha ajudará Estados e municípios a informar e sensibilizar a sociedade sobre a importância do acolhimento familiar no processo de desenvolvimento de crianças e adolescentes afastados do convívio familiar por medida protetiva.

 Para o ministro Osmar Terra, a doação da campanha mostra a importância da cooperação entre os entes federativos e o governo federal. “Os municípios têm experiências interessantes que podemos utilizar em todo o país para termos programas nacionais com bons resultados”, destacou.

 Segundo o prefeito de Campinas, Jonas Donizette, a Família Acolhedora é uma iniciativa inovadora, “pois conta com grande ajuda da sociedade”. “Em Campinas, tivemos muitas famílias que se envolveram no programa. Acredito que no Brasil também teremos esse resultado. A vida da criança é transformada e a da família também. Cada criança que passa pela família acolhedora deixa a sua marca”, explicou.

 Números – Dados do Censo do Sistema Único da Assistência Social (Censo Suas) 2016 mostram que 522 municípios têm o serviço de Família Acolhedora, que atende 1.837 crianças e adolescentes. Ao todo, 2.341 famílias brasileiras estão aptas a realizar esse acolhimento.

 O Família Acolhedora atende crianças e adolescentes em medidas protetivas por determinação judicial, em decorrência de violação de direitos (abandono, negligência, violência) ou pela impossibilidade de cuidado e proteção por sua família. O serviço garante atenção individualizada e convivência comunitária. Para fazer parte, as famílias interessadas devem passar por um processo de seleção, capacitação e acompanhamento.

Fonte: MDSA