Nascer negro no Brasil aumenta 2,5 vezes mais o risco de morte em
comparação com aqueles que são considerados como brancos, segundo
levantamento do governo federal realizado pelo Fórum Brasileiro de
Segurança Pública.
Em Minas Gerais, esse número chega a ser um pouco mais baixo do que a
média geral, chegando a 2,2. Nos Estados que apresentam maiores índices
quanto ao risco de morte dos jovens negros, Mato Grosso e o Rio de
Janeiro aparecem com 2,4 e 2,3 respectivamente.
No ranking dos municípios, Belo Horizonte aparece na 177° posição, de
acordo com Índice de Violência Juvenil. O indicador de desigualdade da
capital mineira foi de 0,303 em 2014. No topo desta lista, a cidade
pernambucana de Cabo de Santo Agostinho é o local onde os maiores
índices foram encontrados.
Os números resultam do relatório do Índice de Vulnerabilidade Juvenil
2014, que deve ser apresentado oficialmente nas próximas semanas. No
documento preliminar são levantados dados sobre violência e desigualdade
racial, risco de morte por homicídio entre outros elementos que afetam o
cotidiano dos jovens negros.
A cidade de Conselheiro Lafaiete aparece na segunda posição, entre os
dez municípios que expressam melhoras mais significativas, com uma
escala de vulnerabilidade baixa e IVJ - Violência (Índice de Violência
Juvenil) de 0,289. A cidade mineira é a única representante do Estado.
Em primeiro lugar, São Caetano do Sul, em São Paulo, aparece com as
melhores taxas, em comparação dos anos de 2007 e 2012.
O estudo foi realizado com base no Datasus de 2012 (banco de dados do
Sistema Único de Saúde) e mostra a comparação entre jovens de 12 a 29
anos negros (pretos e pardos) e brancos.
Fonte: Jornal O Tempo