05 fevereiro 2016

Secretária reage com indignação e nega suspeita da compra de premiação

Na última terça-feira (02/02), durante a primeira sessão ordinária do ano legislativo de 2016, foi lida no plenário da Câmara de Vereadores de Conselheiro Lafaiete proposta de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a investigar a administração municipal.

O pedido de CPI foi baseado em denúncia apresentada pelo cidadão José de Pádua Rodrigues, segundo a qual a prefeitura teria pago pelo Prêmio Brasil, concedido pelo governo federal à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social. Tal insinuação deixou indignados os funcionários da secretaria e particularmente a titular da pasta, Zilda Helena dos Santos Vieira (foto/arquivo), para quem a denúncia não tem nenhum fundamento: “Logicamente, não comprei prêmio algum. As pessoas que me conhecem sabem a forma como venho trabalhando ao longo de todos estes anos e a seriedade com que trato a área social e o ser humano. Portanto, esta denúncia é totalmente fora de propósito. Este prêmio me foi entregue durante o Encontro Nacional de Gestores. Neste evento, que é realizado já há 10 anos, são destacados os projetos municipais mais voltados para o SUAS (Sistema Único de Assistência Social), nos quais fomos contemplados. Recebemos o Prêmio Brasil como um dos 50 gestores com responsabilidade social.”
Zilda Helena disse que as únicas despesas do encontro, realizado em Salvador, foram para cobrir hospedagem, taxa de inscrição e passagem aérea. Ainda assim, de acordo com a secretária, o custo correu por conta do governo federal, que destina verba para a realização de cursos de formação de gestores em desenvolvimento e assistência social. Zilda Helena frisou que todos os gastos estão devidamente comprovados por notas fiscais.
Apesar de o encontro acontecer na capital baiana, uma das cidades mais atrativas do país, Zilda disse que ela e o gerente de Promoção Humana –Vagner Valentino da Silva,  que a acompanhou na viagem – não fizeram passeios turísticos e, nem foram a Salvador para este fim: “Para receber o certificado de conclusão do curso era preciso frequentar, no mínimo, 70% de participação em cada palestra. A lista de presença corria na parte da manhã, quando as atividades se iniciavam. O evento se encerrou às onze horas da noite; às cinco da manhã do outro dia já estávamos pegando o avião de volta. Era o dia em que a presidente da república veio inaugurar o Museu de Congonhas; às 11 da manhã eu já estava lá para recepcioná-la.”
Lamento
Vereadora por dois mandatos consecutivos, Zilda Helena classificou como lamentável que um reconhecimento que eleva o nome de Conselheiro Lafaiete tenha servido de pretexto para a solicitação de uma CPI contra o Executivo Municipal: “Pra mim premiação é mais do que uma conquista; sempre vi premiação como responsabilidade. Significa que você está no caminho certo e sua responsabilidade é cada vez maior. Tenho minha consciência tranquila e estou à disposição de quem quiser fazer qualquer questionamento.  É lamentável que um órgão que acredito e que tenho o maior respeito, por ter passado pela Câmara Municipal por oito anos tenha que questionar uma premiação com tanta coisa para ser analisada dentro de suas atribuições. Já que houve este questionamento, que a comissão da Câmara apure, para que a sociedade tenha certeza da transparência e lisura com que trabalhamos”, afirmou Zilda Helena.



Fonte: Fato Real