Na
última terça-feira (02/02), durante a primeira sessão ordinária do ano
legislativo de 2016, foi lida no plenário da Câmara de Vereadores de
Conselheiro Lafaiete proposta de abertura de uma Comissão Parlamentar de
Inquérito destinada a investigar a administração municipal.
O pedido de CPI foi baseado em denúncia apresentada pelo cidadão José de Pádua Rodrigues, segundo a qual a prefeitura
teria pago pelo Prêmio Brasil, concedido pelo governo federal à
Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social. Tal insinuação deixou
indignados os funcionários da secretaria e particularmente a titular da
pasta, Zilda Helena dos Santos Vieira (foto/arquivo), para quem a
denúncia não tem nenhum fundamento: “Logicamente, não comprei prêmio
algum. As pessoas que me conhecem sabem a forma como venho trabalhando
ao longo de todos estes anos e a seriedade com que trato a área social e
o ser humano. Portanto, esta denúncia é totalmente fora de propósito.
Este prêmio me foi entregue durante o Encontro Nacional de Gestores.
Neste evento, que é realizado já há 10 anos, são destacados os projetos
municipais mais voltados para o SUAS (Sistema Único de Assistência
Social), nos quais fomos contemplados. Recebemos o Prêmio Brasil como um
dos 50 gestores com responsabilidade social.”
Zilda
Helena disse que as únicas despesas do encontro, realizado em Salvador,
foram para cobrir hospedagem, taxa de inscrição e passagem aérea. Ainda
assim, de acordo com a secretária, o custo correu por conta do governo
federal, que destina verba para a realização de cursos de formação de
gestores em desenvolvimento e assistência social. Zilda Helena frisou
que todos os gastos estão devidamente comprovados por notas fiscais.
Apesar
de o encontro acontecer na capital baiana, uma das cidades mais
atrativas do país, Zilda disse que ela e o gerente de Promoção Humana
–Vagner Valentino da Silva, que a acompanhou na viagem – não fizeram
passeios turísticos e, nem foram a Salvador para este fim: “Para receber
o certificado de conclusão do curso era preciso frequentar, no mínimo,
70% de participação em cada palestra. A lista de presença corria na
parte da manhã, quando as atividades se iniciavam. O evento se encerrou
às onze horas da noite; às cinco da manhã do outro dia já estávamos
pegando o avião de volta. Era o dia em que a presidente da república
veio inaugurar o Museu de Congonhas; às 11 da manhã eu já estava lá para
recepcioná-la.”
Lamento
Vereadora
por dois mandatos consecutivos, Zilda Helena classificou como
lamentável que um reconhecimento que eleva o nome de Conselheiro
Lafaiete tenha servido de pretexto para a solicitação de uma CPI contra o
Executivo Municipal: “Pra mim premiação é mais do que uma conquista;
sempre vi premiação como responsabilidade. Significa que você está no
caminho certo e sua responsabilidade é cada vez maior. Tenho minha
consciência tranquila e estou à disposição de quem quiser fazer qualquer
questionamento. É
lamentável que um órgão que acredito e que tenho o maior respeito, por
ter passado pela Câmara Municipal por oito anos tenha que questionar uma
premiação com tanta coisa para ser analisada dentro de suas
atribuições. Já que houve este questionamento, que a comissão da Câmara
apure, para que a sociedade tenha certeza da transparência e lisura com
que trabalhamos”, afirmou Zilda Helena.
Fonte: Fato Real