A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello,
comemorou nesta segunda-feira (20) os 11 anos do Bolsa Família, que
atende mais de 13,9 milhões de famílias no país. Reforçou que o programa
foi muito além da transferência direta de renda às famílias em situação
de extrema pobreza.
“Tivemos uma contrapartida especialmente nas
áreas de saúde e educação”, disse a ministra, ressaltando como exemplo a
redução da mortalidade infantil entre zero e seis anos em 58% por
causas relacionadas à desnutrição.
O Bolsa Família, destacou a
ministra, priorizou as parcelas mais vulneráveis da população para
garantir alívio imediato da extrema pobreza, melhorou o acesso das
famílias às condições de saúde e educação e aumentou as oportunidades de
trabalho e geração de renda.
Para Tereza Campello, outro resultado importante é a redução em 51% no déficit de estatura média das crianças beneficiárias do Bolsa Família – acompanhadas nas condicionalidades de saúde. Indicador da desnutrição crônica, o déficit de estatura está associado ao comprometimento intelectual das crianças. Acompanhamento feito pelo Ministério da Saúde mostra que, com a redução do déficit de estatura, os meninos de cinco anos beneficiários do Bolsa Família aumentaram 8 milímetros, em média, em quatro anos.
Na
educação, lembrou a ministra, o desempenho escolar das crianças do Bolsa
Família chegou na média dos demais alunos. Além disso, os estudantes
beneficiários do programa têm menor taxa de abandono do que os não
beneficiários. No ensino médio, a taxa de abandono dos beneficiários do
Bolsa Família é de 7,4% ante a média nacional é de 11,3%. No ensino
fundamental, a taxa de abandono foi de 2,8% para os beneficiários do
programa, enquanto a média nacional era de 3,2%.
Tereza Campello
reforçou também que o Bolsa Família foi apontado, em setembro passado,
pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO)
como uma das principais estratégias adotadas pelo país que resultaram na
superação da fome. “O Brasil já tem uma geração que vem nascendo sem
fome.”
Qualificação – A ministra falou ainda
sobre a importância do Bolsa Família na quebra do ciclo de pobreza não
apenas para as novas gerações, mas por meio de oportunidades de emprego e
renda para os beneficiários. Neste sentido, lembrou que o Programa
Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) Brasil Sem
Miséria já oferece 621 cursos de qualificação profissional para o
público do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. Em
todo Brasil, a população de baixa renda efetuou mais de 1,4 milhão de
matrículas no programa.
Sobre o número de pessoas que já deixaram
o Bolsa Família voluntariamente, Tereza Campello calcula que foram 1,7
milhão de famílias. “São famílias que foram lá e pediram para ser
desligadas porque melhoraram de renda", destacou.
Fonte: MDS